INFORMAÇÕES IMPORTANTES – Para que servem e para que não servem os testes rápidos disponíveis no Brasil?

Para que servem e para que não servem os testes rápidos disponíveis no Brasil?

Quem explica é Natalia Pasternak é pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, presidente do Instituto Questão de Ciência e coautora do livro “Ciência no Cotidiano” (Editora Contexto).

Servem para diagnóstico precoce? não servem. A janela de produção de IgM varia muito e a quantidade produzida também. Mais: a sensibilidade e especificidade podem gerar falsos negativos e falsos positivos. Além disso, a sensibilidade aumenta com o tempo. Em uma população de 10 mil pessoas, por exemplo, o teste rápido mais bem avaliado do mercado, com sensibilidade de 85% e especificidade de 99%, se usado após três semanas da infecção, pode gerar 1 500 falsos negativos e 100 falsos positivos. Os falsos negativos, se mal interpretados, podem dar uma falsa sensação de segurança para a pessoa, que se não for bem orientada, pode relaxar medidas de segurança e de isolamento.

Servem como auxiliares no diagnóstico hospitalar? podem ser úteis. Considerando que muitos hospitais não dispõem de RT-PCR, e que a pessoa internada apresenta sintomas, diagnóstico clínico, e provavelmente, alta taxa de anticorpos, o teste rápido poderia ser utilizado para confirmar o diagnóstico. Neste caso, a informação é necessária para gerar dados sobre a real taxa de internação e mortalidade.

Servem e são confiáveis para liberar individualmente pessoas da quarentena? perigosos. Nesse caso, os falsos positivos podem sentir-se seguros quando, na verdade, nem têm anticorpos. E mesmo no caso dos que realmente são positivos, ainda não sabemos o suficiente para tomar a decisão. Ainda precisamos compreender se esses anticorpos realmente atacam o vírus com sucesso, e se a imunidade é duradoura.
Medir imunidade de rebanho: pode ser úteis, mas não agora. Enquanto a curva da doença está em sua fase exponencial, pouca gente tem anticorpos e o teste vai gerar uma resposta imperfeita. Quem quiser um exemplo numérico bem dramático do tipo de distorção que os falsos positivos ou negativos podem causar deve visitar o blog do médico Ricardo Schnekenberg. Além disso: como os testes de farmácia serão pagos, com custo médio estimado em 200 reais, esta parcela específica não será representativa da população.

Portanto, cuidado com FAKE NEWS e avaliações precipitadas. Apenas o teste SWAB, que requer equipamentos específicos e é demorado para fazer, tem a credibilidade do Ministério da Saúde.

TODO servidor da Saúde de Quixelô está devidamente identificado. Ainda assim solicite a identificação e em caso de dúvidas entre em contato com o nosso DISK INFORMAÇÕES e peça confirmação da visita e do procedimento.

É FAKE NEWS a informação de que a Prefeitura e o Governo ganham mais verbas por notificações de casos positivos para a COVID-19.

Os testes SWAB são testes precisos e feitos a partir de uma amostra do nariz e/ou garganta do paciente, coletada por um “swab”, o cotonete de haste longa que precisa ser introduzido na garganta. Para fazer essa coleta, é necessário treinamento especializado e equipamento de proteção individual (EPI). Requer um laboratório adequado, e profissionais capacitados.

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